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Menos teoria, mais prática: o que realmente ajuda quem procrastina

Você já se viu adiando uma tarefa importante, dizendo “só mais cinco minutinhos”, ou abrindo o celular para “dar uma olhadinha rápida” e de repente… se passaram horas?

A procrastinação, que muitas vezes rotulamos apenas como “preguiça”, tem raízes mais complexas e, no mundo digital de hoje, o uso excessivo de telas, celulares e redes sociais acaba se tornando um fator relevante nessa equação. Neste blog, vamos explorar por que procrastinamos, como o uso das telas pode reforçar esse hábito, e o que podemos fazer para transformar isso em práticas de presença e produtividade.

Mas por que falar sobre isso em um blog do Assinatura Certa?

Porque a procrastinação está diretamente ligada à forma como gerenciamos nosso tempo e nossas tarefas, e é justamente aí que entra a proposta da plataforma. Quando simplificamos processos, eliminamos burocracias e reduzimos etapas manuais, diminuímos as chances de adiar o que precisa ser feito. A assinatura digital é um exemplo disso: em vez de imprimir, escanear e enviar documentos (o que muitas vezes acaba ficando para depois), basta um clique. É mais rápido, eficiente e evita que pequenas pendências se acumulem, e se transformem em grandes atrasos.

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Falar sobre produtividade e atenção, portanto, é também falar sobre como a tecnologia pode ser usada a nosso favor, para reduzir a procrastinação e otimizar o tempo no trabalho e na vida.

O que é procrastinação, além do “deixar pra depois”

Procrastinar significa adiar ou evitar realizar uma tarefa, mesmo sabendo que isso pode trazer consequências negativas. É uma escolha (às vezes inconsciente) entre a tarefa “importante, mas desconfortável” e algo que nos dá alívio imediato, como navegar nas redes, ver vídeos, checar o celular. O cérebro prefere recompensas rápidas quando a tarefa parece difícil, entediante ou estressante.

Quando esse ciclo se repete, cria-se uma espiral: a tarefa adiada acumula, gera ansiedade, e nosso “começo” se torna cada vez mais pesado. E isso impacta a autoestima, a eficiência e até o bem-estar.

Estudos recentes e novidades para colocar o tema em perspectiva

Sobre a procrastinação e uso de telas: 

  • Um estudo feito pela Revista Universitas Indraprasta PGRI com 214 estudantes universitários* indicou que o vício em smartphone (medido pela escala “Smartphone Addiction Scale – Short Version”) foi um previsor significativo de procrastinação acadêmica. Em outras palavras: quanto maior a dependência de smartphone, maior a tendência a procrastinar. 
  • Outro trabalho longitudinal com 376 adolescentes mostrou que o vício em celular previu, ao longo do tempo, um aumento do adiamento do sono (“bedtime procrastination”) e uma diminuição da atividade física.
  • Estudo em uma amostra de estudantes universitários da Universidade Federal do Ceará (UFC-Sobral/CE) encontrou uma prevalência de 46% de procrastinação acadêmica entre os respondentes. Também apontou que o uso de redes sociais foi “a principal tarefa alternativa que os estudantes se engajam”.

Sobre o uso precoce de tecnologia e como ela pode afetar no futuro:  

  • Em 2024, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) diz que  88,9% da população de 10 anos ou mais tinha telefone móvel celular para uso pessoal. Nas áreas rurais, o percentual subiu de 54,6% em 2016 para 77,2% em 2024. Essas estatísticas mostram que o celular está muito presente no cotidiano brasileiro,  o que reforça o argumento de que o uso de telas pode ser um fator relevante na dinâmica da procrastinação.
  • O Brasil possui um dos piores níveis de habilidades digitais entre os países do G20: em 2023, apenas 17,4% da população brasileira tinha habilidades digitais intermediárias. Essas lacunas em habilidades digitais podem relacionar-se tanto à utilização ineficiente dos dispositivos como à maior vulnerabilidade a distrações ou hábitos de uso menos conscientes. Fonte: Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) / Relatório sobre habilidades digitais.

Importante: nem todo uso intenso de tela significa automaticamente “mal”

Em 2018, a Cornell University fez um estudo que apresenta um ponto muito importante: o “uso intenso” dos smatphones, por si só, não prediz necessariamente bem-estar negativo e o que importa mais são padrões como uso noturno, interrupção do sono, sensação de perda de controle. Ou seja, isso sugere que o problema não é simplesmente “quanto tempo” usamos telas, mas como, quando, e com que impacto emocional e funcional isso tem.

Chega de fórmulas mirabolantes: o que realmente ajuda é reconhecer o padrão e agir em micropassos

Aqui vão práticas curtas, sustentadas por estudos em psicologia comportamental e neurociência:

  1. Comece por minutos: O cérebro reage melhor a tarefas pequenas. Dizer “vou começar por 5 minutos” reduz a resistência mental e, na maioria das vezes, o impulso de continuar aparece naturalmente.
  2. Tire as distrações do alcance físico: O celular visível (mesmo desligado) já reduz o foco. Guarde-o em outra sala ou gaveta durante blocos curtos de trabalho.
  3. Trabalhe em blocos curtos (Pomodoro revisitado): 25 minutos de foco total + 5 de pausa. Só isso. O cérebro humano mantém atenção sustentada por períodos curtos e respeitar isso aumenta a produtividade sem esgotar.
  4. Reduza a dopamina das telas: Colocar o celular em modo “cinza” e desativar notificações visuais diminui a descarga de dopamina e o impulso automático de checar o aparelho.
  5. Durma bem (é o antídoto oculto): Pesquisas da Frontiers in Psychology mostram que o sono insuficiente aumenta a tendência à procrastinação e o uso compulsivo do celular. Desligar as telas 30 minutos antes de dormir é simples e tem impacto real.

Conclusão — integrar foco, presença e tecnologia

Procrastinação e uso excessivo de telas caminham juntos, mas não são inevitáveis. 

No Assinatura Certa, onde escolhemos simplificar processos e liberar tempo para o que realmente importa, adiar tarefas e viver sob o domínio das telas vai contra essa missão. Ao aplicar as estratégias acima, você fortalece seu foco, melhora sua atenção, e ganha mais liberdade para agir, para criar, para viver com mais qualidade.

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